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Depressão e Animais


No dia 07/01/2015 participei da gravação de uma matéria sobre como os animais, em especial os cachorros, contribuem para a melhora da Depressão de seus cuidadores. Minha participação no Domingo Espetacular (Rede Record) é na condição de especialista em Psicologia.


A Depressão atinge um número muito grande de pessoas, removendo a energia e vitalidade, produzindo perda de motivação, desânimo, isolamento e desinteresse pela vida. A falta de prazer é uma constante, manifesta-se irritabilidade, desregula-se o sono e a alimentação. A depressão tem um impacto importante na autoestima criando sentimentos de desvalia e desmerecimento pessoal com culpa e perda da autoconfiança.


A pessoa com depressão fica suscetível a adoecimentos psicossomáticos como gastrite, alteração no sistema imunológico, dores corporais, fibromialgia... Ao longo destas últimas décadas pesquisas científicas têm esclarecido o valor da terapia como recurso de modificação de pensamentos e interpretações negativas sobre si mesmo, as pessoas e acontecimentos. Ressignificando o olhar de “dificuldades” para um olhar de “possibilidades e oportunidades”. Esta mudança de percepção implica em alterações químicas, nos neurotransmissores (substâncias que ficam entre os neurônios), principalmente na serotonina, dopamina e noradrenalina.


Contudo quando a depressão está instalada é muito importante o acompanhamento médico, avaliando se além do fator percepção, história de vida e cultura familiar alguma outra doença endocrinológica, infecciosa... pode estar causando ou potencializando a Depressão. A medicação adequada é outra forma de modificar o funcionamento e a regulação destes neurotransmissores.


Portanto Terapia com psicólogo e acompanhamento médico são medidas fundamentais para o tratamento. Outras terapêuticas contribuem associando-se com estas duas colunas (psicológica e médica): acupuntura, atividades físicas, meditação... Entretanto algumas pesquisas têm comprovado de maneira significativa o bem estar que portadores da Depressão sentem quando convivem com animais.


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A dedicação a um animal doméstico fortalece a autoestima e a autoconfiança de seu cuidador, encoraja caminhadas e passeios fundamentais para a liberação de endorfinas (um antidepressivo natural). A troca de carinho, afetividade e empatia retira a pessoa deprimida do isolamento. Devemos considerar que os animais mudam nosso foco de atenção, removendo ou abrandando pensamentos e preocupações negativas que ficam insistentes em nossa mente.


Os animais “transpiram” vida e nos oferecem lições de proteção, cuidado com a prole, amizade, presença, carinho de maneira verdadeira. A convivência com um animal de estimação pode ser uma ajuda muito positiva para enfrentarmos a Depressão.


Alexandre Rivero

www.facebook.com/riveroalexandre


Obs: Texto publicado na coluna Caro Leitor, do jornal Gazeta do Ipiranga, dia 16/01/2015.

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